Imma Be Me
Se você me observar bem de perto, não vai demorar para descobrir que sou fraca. Chegar aqui, nesse ponto em que admito não ser tudo o que desejo, já é um mérito absurdamente significativo. Pode parecer um porre, pode soar sinistro, mas já me prometi que não iria mentir.
Metade da minha sala acha que eu odeio todo mundo. Eu devo ter uma expressão terrível para tirarem essa conclusão. A outra metade não gosto muito, mas acho que as pessoas acham que acho eles legais. Só porque convivo com eles. Que absurdo.
Eu tento muito ser simpática, mas não consigo ser falsa. No começo, odiava quatro garotas. Hoje converso sorrindo com elas todos os dias. Já tentei achar alguém que me entendesse tanto como a Marina: não consegui. Meu melhor amigo está na minha sala, e ela tem alguns rostos bonitos.
Mas apenas um me agrada o suficiente, e não posso tomá-lo porque já é de outra. Nunca iria desrespeitar dessa maneira, por mais que meu desejo seja o contrário.
Estive fingindo que não sinto a falta de uma pessoa. Às vezes funciona, às vezes só piora. Ter saudade não significa querer reatar, e querer reatar não significa conseguir. Conseguir também não significa que dará tudo certo. Não chorei, não irei chorar. Sofri tanto durante, com medo de perdê-lo, que quando aconteceu mesmo, não senti absolutamente nada.
Não é incomum me sentir rodeada de pessoas que não me conhecem de verdade. Mas não estou impressionada. É muito difícil ser eu mesma. Eu quero dizer, sou eu mesma, sempre. Mas não é sempre que posso ser totalmente eu mesma. Ser eu mesma é íntimo demais. Ser eu mesma chocaria quem acha que me conhece.
Mas é inacreditável o quanto sou espontânea ao lado daquele que comigo não pode ficar. Não sei se me sinto assim porque idealizei demais, ou se é verdade mesmo. Mas já esperei tanto tempo, não seria caro esperar um pouco mais.
quarta-feira, abril 14, 2010
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aconteceu
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2 escafandrinhos disseram algo:
É um direito de cada um gostar ou não das pessoas que estão ao seu redor. Cabe a você escolher se vai exercê-lo ou não. No fundo o que EU considero importante é que não se perca a educação. Podemos desaprovar pessoas e comportamentos, jamais devemos rebaixar nossa educação. Em caso de hostilidade creio que nada magoa mais que a indiferença.
Quanto a gostar de alguém comprometido... o compromisso é dele, não seu. O que importa é você conseguir deitar a cabeça sobre o seu travesseiro e conseguir dormir em paz. Desde que você consiga isso seus atos são problema seu e de ninguém mais.
Um abraço e obrigado pela visita no Máquina de letras.
Estranhas semelhanças... Estranhas descobertas...
Meio que me diverte como vc escreve!
Sério, eu gosto.
=*
Joy
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