Dos alicerces até o telhado


Não sei dizer agora se estar com os pés no chão e a cabeça nas nuvens é o suficiente. Odeio quando brigo com meus conflitos, quando os deixo prevalerecer.
Os dias vão embora, um por um, impossivelmente mais monótonos. Penso nele mas não é como antes. O desgaste vai trincando o prédio, andar por andar, tijolo por tijolo, e não sei se devo fujir antes que desabe, ou se é melhor permanecer, até que tenha a certeza de que nada acabará bem.
Tenho vontade de conhecê-lo de verdade, e poder abraçá-lo quando quiser. Estou com saudades de mim mesma, talvez seja isso.
E novamente, suposições não me satisfazem. E os outros? Quando estou de braços dados com um, é como se estivesse em casa. Confundo amizade com romance e vira aquela merda. Mas me sinto bem, olhe que surpresa. Se estamos sozinhos, não falta assunto. Até o silêncio me serve como conversa.
E com o outro, limito-me a parar na adoração. Vejo o jeito como meche no cabelo, sinto sua mão macia e clara, o modo gentil como trata a todos. E com o outro, tenho mais convivência, mas é amigo de infância, e não posso me atrever a estragar tudo.
Então aqui está a icógnita: quatro corpos e sentimentos fortes, porém destintos, por cada um deles. Em alguns casos amor, em outros paixão.
E em um, amizade.
Eu complico tudo, como sempre. Mas estou feliz, sabe?
Love is my gas, issue is my car.

PS: um pouco de Vasili Kandinski, que eu amo demais, com a tela "Figuras de Um Invísivel"

1 escafandrinhos disseram algo:

Milena M. disse...

Essa confusão de amores e paixões vive me deixando louca. Entendi plenamente o que quis dizer (creio eu).
ah, e essa tela é linda. posso ficar horas tentando decifrá-la.
:*

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