Querido Diário,

Não sou muito boa no que diz respeito a auto definição. Eu sempre me confundo e as palavras saem sem sentido. Mas hoje estou determinada a fazer um bom trabalho.
Esta é minha centésima postagem e queria que fosse especial, então já estava me preparando há algumas semanas, pensando em coisas para dizer.
Primeiro de tudo, quero falar sobre a diferença que esse blog começou a fazer na minha vida. É meio estranho quando se lê isso, mas escrever é inexplicável. É como escutar sua alma falando, ao invés de sua boca. É eternizar suas palavras para que o mundo conheça o jeito como você pensa. Porque eu acredito que a escrita de uma pessoa revela muito sobre ela. Você pode dizer se uma pessoa é nostálgica, ou exaltada, ou apaixonada, ou pessimista, por um simples texto. E escrever aqui me fez me conhecer um pouco melhor, como se tivesse começado a arquivar organizadamente algumas de minha idéias.
Eu descobri que realmente amo escrever, e mais do que isso, só ser reconhecida pela escrita. Tenho pensado seriamente na carreira de jornalismo. Eu gostaria de ganhar a vida esrevendo, como ter uma coluna de sucesso num jornal importante, ou talvez trabalhar anonimamente em textos para revistas, sites etc... Mas isso não seria de imediato: há muito no que trabalhar antes de chegar num cargo desses.
Também descobri, com esse blog, o quanto sou sensível a tudo. Uma vez me perdi num labirinto mais ou menos assim: sou sensível, mas vivo dizendo que sou de pensamentos extremos. Mas um pensamento extremo para um sensível seria insuportável, então eu talvez apenas tenha emoções e sentimentos normais, pois devido a minha sensibilidade, os aumento mentalmente. E será que isso fez sentido? Pelo menos para mim eu sei que fez.
Às vezes me sinto desprotegida, porque aqui, além de um refúgio, é um lugar onde baixo totalmente a guarda. Falo sobre minha rotina, sentimentos e desejos, quando a forma como ajo fora daqui é praticamente o oposto.
Sou mais séria, e dependendo da pessoa, mais sociável, ou tento parecer simpática. Eu odeio pessoas falsas, então se eu elogiar alguém, será de verdade, sem puxa-saquismo. Odeio puxa-sacos. Odeio pessoas que fofocam demais.

Acho que cada um tem sua vida e, desde que não atrapalhe a do próximo, tudo bem. Tenho meus conceitos, e tento não ter preconceito. Adoro religiosidade. Também acredito que cada um tem que viver do jeito que lhe faça feliz. Porque felicidade é uma das melhores coisas que se pode sentir.
Essas idéias já estão comigo há um tempo, mas só hoje estou as admitindo dignamente. Porque isso tudo pode ser percebido nas entrelinhas das postagens mais antigas.
Também descobri que sou uma pessoa que se enjoa facilmente das coisas. Sempre estou querendo mudar meu cabelo, um dia me visto rock, um dia me visto fofa, um dia me visto paty. Quando li muitos livros de vampiro, comecei a enjoar. Não me deem livros desse jeito, por favor. Não aguento mais essa história de cara lindo e romântico e a fim da garota improvável da sala de aula. Gosto de fantasia, mas pé no chão às vezes também é bom.
(On Fire do Switchfoot acabou de começar)

Agora chega, porque senão irão começar a me conhecer demais.
(TENSO)


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